Promessa é dívida e eu pretendo pagar direitinho. Trago para os meus queridos seguidores pequenos trechos inéditos de mais dois capítulos do meu primeiro livro de crônicas, planejado para ser lançado em julho próximo. A todos, uma Feliz Páscoa! Domingo tem mais. Beijos.
“Por que não fiquei calada?”
“… Fomos recebidos pelo diretor da Escola Adolph S. Ochs, Mr. Kinzelberg, que trajava paletó e gravata e era muito educado. Não nos perguntou se éramos imigrantes legalizados ou não, apenas qual série nossa filha havia concluído no Brasil, se tinha noções de inglês e se estava com as vacinas em dia. Pediu também o comprovante de residência em NYC para poder confirmar a proximidade com a escola − uma conta telefônica, por exemplo, que fiquei de levar depois. Preenchi a ficha da matrícula para a quinta série, visitamos as dependências da escola de cerca de quatrocentos alunos e recebi os tíquetes de café da manhã e almoço para o mês inteiro…”
Rotina nossa de cada dia
“… Como as crianças passavam o dia na escola, eu almoçava em algum lugar entre os cursos de Inglês e Marketing. Na maioria das vezes, sozinha, de outras, com os colegas da escola de inglês. Como éramos todos estrangeiros − eu era a única brasileira − em uma terra estranha, estávamos sempre juntos, nos apoiando. Já no curso de Marketing, não fiz quase amizade, a maioria era americano, havia somente três estrangeiros: eu, uma menina do Japão e outra de Portugal…”