Vejo gente nova por aqui. Pensei, então, em contar um pouco sobre mim, de como me tornei escritora, e aproveito para renovar laços com as queridas e queridos de sempre.
De jovem pedagoga à jornalista tardia voaram três décadas.
Nesse meio-tempo, casei (e permaneço), fui mãe de humanos e bichinhos, servidora pública, morei em Paris uma curtíssima – mas intensa – temporada que daria tranquilamente uma série “Celma em Paris”, habitei Nova Iorque, fui executiva de marketing em empresa privada e repórter.
Até que migrei de laptop e mouse para o mundo literário.
Foi a vivência em Nova Iorque, com dois filhos menores, que rendeu memórias para o primeiro livro (“Descascando a grande maçã”), narrativa leve e bem-humorada dos perrengues na famosa ilha que nunca dorme.
E chegou o primeiro neto.
Aos sessenta, veio o segundo livro (“Viver, simplesmente”), seleção de crônicas, artigos e reportagens publicados originalmente em plataformas diversas, presente da minha editora pelo meu ingresso na década “sexy” (fazer o quê? Sou adepta de celebrações em todas as fases).
O segundo neto, digo, a primeira neta chegou enquanto eu gestava o primeiro romance (“O segredo da boneca russa”), lançado em fins de 2018.
Dois anos depois, a estreia no gênero conto com a coletânea “Confinados”, em meio ao luto coletivo da pandemia e à perda da minha única irmã para a Covid-19.
Preparo agora uma nova cria, romance ou novela, ainda não sei. Certezas, pra quê?
Como em toda trajetória, altos e baixos, perdas e ganhos, uma fratura grave no tornozelo que esfacelou ossos e mandou minha mobilidade pro espaço por meses, trazendo lágrimas e ensinamentos.
Aos 65, acredito que tenho lastro para falar da vida. A parte mais difícil é conviver respeitosamente com os contrários, ao invés de eliminá-los, como querem alguns. O que precisa ser combatido sem trégua é o mal que habita o íntimo de cada um, só esperando a hora de nos tragar, sem nos dar a chance sequer de reconhecê-lo. “– Fascismo, onde?”
É isso, gente querida. Bem-vinda ao meu universo mutante e a este lugar onde compartilho, há dez anos, o cotidiano que me encanta e inquieta.
Bom domingo!
19 setembro, 2021 at 2:16 pm
Conheço bem esta trajetória amiga querida!😍🙌 siga sua aventura abençoada por Deus! 🙏💓🌺
19 setembro, 2021 at 2:41 pm
Obrigada por estar sempre na minha vida, querida amiga. 🥰