Não se trata de mais um guia de compras ou de turismo sobre Nova York.
Também não tenho a pretensão de ser lida por milhares de pessoas − o que adoraria, é claro!−, mas sei que meu público pode se resumir aos amigos e familiares − o que já me honraria muito −, pessoas queridas que já conhecem grande parte das passagens que registrarei. A elas, presentearei com detalhes que passaram ao largo das várias narrativas orais sobre filhos, escolas, apartamento, cursos, amigos e simpatizantes, rotina, neve, desfiles culturais na primavera, festivais no verão, pequenas férias, passeios, intensa vida cultural − e compras também, porque ninguém resiste −, saudade de casa e dos amigos de Fortaleza − principalmente do marido −, piqueniques, cozinhar, me depilar myself, visitas brasileiras, desafios, dificuldades e ‘voluntariar’, um verbo novo que aprendi a conjugar.
Como não sou artista plástica ou poeta, esses seres especiais que criam a partir do dom e da intuição, sem se preocupar com o lado chato e prático − e muitas vezes inútil − da vida, preciso de planejamento. Só consigo produzir com um roteiro bem amarrado e com prazos para concluir. Manias de jornalista que respeita o sagrado deadline, acho.
Hoje, dia 02 de janeiro de 2012, uma segunda-feira, exatamente quinze anos após o nosso desembarque em Nova York, dou início a um antigo sonho, escrever um livro de crônicas sobre a nossa experiência como residentes na ‘capital do mundo’.
Uma vez que muita coisa mudou de 1997 para cá, ao final de cada capítulo atualizarei alguns dados para auxiliar você, caro leitor, a interpretar hoje nossas vivências da época.
Escrevo do meu cantinho de trabalho que criei na varanda do quarto que divido com o meu companheiro de 35 anos de caminhada, da casa da fazenda, zona rural do Paracuru, uma hora de Fortaleza.
Busco inspiração através do som da água que escorre na fonte de pedra atrás de mim e do canto de dezenas de pássaros, como galos de campina, sabiás, beijas-flores, periquitos, anus pretos e mais outro tanto que não consigo identificar agora. Isso me ajuda a relaxar e relembrar detalhes daqueles meses na ‘cidade que nunca dorme’.
Enquanto digito em meu inseparável laptop, a cadelinha Buba, já completamente cega e que nos acompanha há quinze anos, fica ao meu lado.
O plano consiste em produzir 25 capítulos nesses cinco meses, para então, editar, revisar e lançar o livro em julho, durante o meu aniversário.
Para poder iniciar, me afastei uma semana do jornal e foquei, primeiro, no roteiro, depois, em tentar fazer nesta semana um capítulo por dia. Os 20 restantes serão produzidos aos finais de semana, nesta mesma mesa, na varanda da casa da fazenda.
Veremos se consigo. Torçam por mim! Beijos e até lá!
P.S. Este post é o embrião do meu primeiro livro de crônicas, iniciado dia 02 último. Ia manter em segredo, mas mudei de ideia após assistir anteontem a Julie & Julia. Quem já viu, poderá entender.
6 janeiro, 2012 at 3:02 pm
Boa sorte, Celma!
Pela sua dedicação e talento tenho certeza de que renderá um ótimo trabalho!
9 janeiro, 2012 at 11:24 am
Vindas da profissional modelo do ano, essas palavras me motivam a seguir sempre em frente! Obrigada, Rose!
6 janeiro, 2012 at 9:16 pm
Querida escritora, vc já ganhou uma leitora.
Aquele abraço.
Cili
9 janeiro, 2012 at 11:21 am
Cili querida, há quanto tempo! O FB nos dá a (falsa) impressão de um convívio diário, mas ainda não inventaram nada melhor que um abraço apertado. Em 2012, vamos nos ver “ao vivo” mais vezes? Bjos e obrigada pelas palavras e incentivo!
6 janeiro, 2012 at 9:42 pm
Que notícia fantástica!!! Será que eu recebo um exemplar lá de Angola?! lol
9 janeiro, 2012 at 11:17 am
Mag, nossa linda “morena de Angola”! Não quero perder o contato com essa jornalista exemplar. Bjos
7 janeiro, 2012 at 11:40 am
Celma querida e sempre aluna,,já era sua fã antes agora sou declarada!!Bjo grande da sua ” professora” Erika
9 janeiro, 2012 at 11:14 am
Erika querida, você não me ensinou só a cuidar da minha saúde e preparo físico. A sua dedicação ao trabalho, a seriedade com que encara a profissão, além dessa sua alegria contagiante, inspiram qualquer um que tenha o privilégio de conviver com você! Bjos
10 janeiro, 2012 at 3:52 pm
celma,
que barbaro!! Já estou louca para ler, mais uma vez,
você realmente é uma pessoa especial.
Sucesso no seu novo empreendimento.
Bjos
Gina
10 janeiro, 2012 at 4:07 pm
Obrigada, Gina! Amigas como você me fazem seguir adiante! bjo
11 janeiro, 2012 at 7:57 am
Parabens! Sou seu maior fa! Bjo
11 janeiro, 2012 at 10:39 am
E eu sua!!! bjo
11 janeiro, 2012 at 11:02 pm
Celma..,adorei ler suas crônicas e gostaria de saber se você e filha do Célio Prata..que era primo do meu pai tb já falecido.Outro dia vi uma foto da minha prima Marcia com vc..ela é prima do lado Meireles,mas como Prata é uma familia só,fiquei com vontade de saber.Um grande abraço e parabéns!
12 janeiro, 2012 at 10:23 am
Olá, Valéria!
Obrigada pela mensagem e pelos elogios. Não é todo dia que encontramos novos primos, não é mesmo? Sou Prata pelo lado da minha mãe (Clélia), que nasceu em Pecém (São Gonçalo do Amarante). Ela me confirmou, porém, que a origem da família é de Maranguape. A Márcia é uma amiga muito querida! Bjos
14 janeiro, 2012 at 2:28 am
Celma,obrigada pela atenção! Realmente a origem da familia PRATA é de Maranguape,porém sabia que tinha também alguns em São Gonçalo.Quem sabe um dia ainda vamos nos conhecer pessoalmente e descobrir nosso parentesco.Tenho muito orgulho do nosso sobrenome.Um grande abraço! Marcinha é filha de uma irmã da minha mãe…prima querida tb.Bj!
16 janeiro, 2012 at 9:21 am
Vamos acionar a Márcia, então! Tudo de bom para você, Valéria! Até breve! Bjos
20 janeiro, 2012 at 3:20 am
“me depilar myself”, hahaha. Adorei, Celma! E tô curiosa pra saber como foi, porque a minha experiência nesse quesito está sendo desastrosa! rs. Um beijo e sucesso!!!
21 janeiro, 2012 at 1:01 pm
Carol querida, que legal falar aqui com você! Realmente é desastroso no início, como quase tudo na vida, né? Primeiro, tem que encontrar o produto certo. Depois, não pode desistir nas primeiras tentativas. O melhor de tudo é perceber que o raio da depilação by yourself não é um bicho de sete cabeças. Multiplica isso por dez! Brincadeirinha, ehehe… Você verá a profissa que ainda vai se tornar! E traga um belo presente para a sua depiladora brasileira, ela vale cada dólar gasto! Espere meu livro para saber mais detalhes (eu não perco a mania, coisas de marketeira, HAHAHA) Bjos e tudo de bom!
29 julho, 2012 at 7:22 pm
Para nâo sair da rotina resolvi descascar toda a maça de uma só vez, adorei nào consegui parar!!! E agora só resta aguardar o proximo…
30 julho, 2012 at 3:58 pm
Adorei a construção da mensagem, Gina!!! Obrigada! bjos